Falar da COOPfafe é acima de tudo falar de SOLIDARIEDADE, falar de JUSTIÇA SOCIAL, falar de DIGNIDADE, concretizar os caminhos que ABRIL abriu.
E foi assim que procurando trazer para o dia á dia estes princípios, olhando sempre para quem ao nosso lado era mais carente, quem estava mais desprotegido, quem mais sofria, que um grupo de cidadãos de abril, empenhadamente ao longo dos anos, em profundo espírito cooperativo, ergueu uma COOPERATIVA DE CONSUMO que mais tarde se completou com um ATL e, em novas e adequadas instalações, dá corpo a uma Creche, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.
Dentro destas quatro paredes se tornam realidade palpável muitas das promessas de abril conferindo aos pequeninos o direito de serem tratados com carinho, desvelo e amor, aos jovens o acesso à educação e à cultura e aos mais velhos as condições para um descanso em dignidade, consolo e paz.
Ora, num mundo em que os avanços tecnológicos são constantes e admiráveis, em que seria legitimo esperar mais conforto social, melhor distribuição da riqueza, mais humanidade, melhor cidadania, aquilo que, ao invés, se nos depara é um crescendo de desigualdades de egoísmos, de falta de seriedade que levam ao ódio, ao crime, à xenofobia, enfim a comportamentos humanos de uma violência e racionalidade assustadoras.
Daí que lamentamos com grande tristeza, que os representantes do Estado para as politicas sociais não só não tenham apoiado, como seria o seu dever, o empenhamento desinteressado dos cooperantes, do poder autárquico e da sociedade solidária, como ainda não cumpram com a pontualidade exigível os parcos compromissos assumidos.
Não compreendem, esquecem, olham para o lado, IGNORANDO que é aqui que mulheres e homens superam em muito com o seu carinho, dedicação e amor o que lhes seria exigível face aos parcos salários auferidos; QUE É AQUI, que se luta dia após dia pela formatação de uma sociedade do amanhã, mais culta, mais livre, mais justa, mais solidária.
Parcidio Matos Summavielle Soares